segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Inspector Dias André confrontado com escutas a Paulo Pedroso" - Jun 2006

"A juíza que preside ao julgamento do processo Casa Pia aceitou que o inspector chefe da PJ Dias André fosse confrontado com escutas ao ex-deputado Paulo Pedroso, nas quais são feitas referências ao arguido Carlos Cruz.
O inspector da Policia Judiciária, Dias André foi, esta segunda-feira de manhã, confrontado com escutas feitas ao ex-deputado Paulo Pedroso, nas quais são feitas referências ao arguido Carlos Cruz e a dois antigos ministros de Durão Barroso.
O pedido tinha sido feito por José Maria Martins, advogado do arguido Carlos Silvino, com o objectivo de provar que Carlos Cruz manipulou e falseou elementos de prova durante as investigações.
Nas escutas realizadas a Paulo Pedroso é referido que Carlos Cruz comprou primeiras páginas da revista «Focus». Confrontado com estes elementos, o inspector-chefe Dias André disse lembrar-se que havia imprensa, nomeadamente essa revista, que atacava ou defendia determinados arguidos fazendo contra-informação.
O advogado de Carlos Silvino perguntou ainda à testemunha se teve conhecimento se algum dos arguidos tentou abafar o processo envolvendo outras pessoas, citando especificamente os nomes dos ministros Valente Oliveira e Paulo Portas, os dois nomes mencionados nas escutas telefónicas feitas a Paulo Pedroso.
A resposta de Dias André foi evasiva. O inspector da PJ limitou-se a dizer que surgiram referencias a figuras de outro quadrante político para além do Partido Socialista e que a investigação não conseguiu apurar a veracidade dos comentários que envolviam Paulo Portas no processo Casa Pia
Questionado pela TSF, Frederico Valarinho, actual director da revista que, na altura, ainda não estava em funções, desmente categoricamente que a «Focus» alguma vez tenha publicado, a troco de dinheiro, notícias encomendadas por Carlos Cruz.
«Esta acusação apanha-me de surpresa mas, logicamente, vamos averiguar de onde partiu a informação e dentro do que está previsto na lei vamos agir contra as pessoas que põem em causa nossa ética e a nossa deontologia profissionais», disse.
Perante a acusação de que a revista fez contra-informação, Valerim diz apenas que a revista age dentro da lei e das regras deontológicas e que a revista «fez jornalismo honesto como tenta fazer todas as semanas»."

in TSF

Mais uma vez, Paulo Portas e Valente de Oliveira esquivam-se bem. No documento "dito imaginário" eles também são citados. 

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