quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Que ligação Frank Carlucci - Artur Albarran e a Casa Pia?

"Euroamer is headed by Mr Frank Carlucci, a former Defence Secretary of the United States of America, and head of the Carlisle Group, a large US business group. The directors include Mr Sherman Lewis, the CEO of Lehman Brothers, Mr Fred Melek, Director of North West Airlines and Chairman of Thayer Partners,  Mr Artur Albarran who developed commercial and residential projects in Portugal, Spain, Angola and Mozambique, Mr Jack Kemp who was a Vice-Presidential candidate, Mr Tony Coehlo, Campaign Director for Mr Al Gore, Mr Terence McAuliff, head fund raiser for the Democratic Party. The Indian partner Mr Uday B Garudachar of Garuda Builders Pvt Ltd, is a respected name in the Indian real estate business. An engineering graduate from Bangalore University, he has been in the building industry for over a decade. "

Lendo os textos com atenção mais atrás...diriamos que o A. Albarran passava o tempo muito sorridente...

Moita Flores acusa director da PSP de inventar teoria da cabala

"Moita Flores acusa director da PSP de inventar teoria da cabala

Orlando Romano apontado como o homem que "vendeu" aos jornais tese de que grupo queria inocentar arguidos, através de acusações aos socialistas. Director nacional diz que o que se passa em tribunal é "um assunto sério" pelo qual cada um deve ser responsabilizado
O ex-inspector da Polícia Judiciária e actual presidente da Câmara Municipal de Santarém, Moita Flores, acusou, no tribunal que julga o processo Casa Pia, Orlando Romano, director-nacional da PSP à data destas acusações (Novembro de 2006) de ser o autor da tese segundo a qual a investigação do caso de pedofilia se trataria de uma cabala contra o PS e de o colocar no centro dessa estratégia, devido a um conflito antigo entre ambos.
A testemunha respondia a perguntas do advogado de Carlos Silvino, que o confrontou com notícias saídas nos jornais, durante a investigação deste processo, que o dão como principal elemento de um grupo que se dedicava a "incriminar inocentes e a inocentar culpados". Neste caso, "o senhor quis inocentar Carlos Cruz, com quem trabalhou no Euro 2004?", perguntou José Maria Martins. Moita Flores negou, afirmando que nunca "branqueou ninguém", mas que também sempre fez "os possíveis para não denegrir ninguém".
Conflito antigo
Confrontado depois com uma carta que, na altura, enviou ao secretário-geral do Partido Socialista, Ferro Rodrigues - em que defende a honra dos elementos do grupo citados pelos jornais e o seu próprio - Moita Flores refere "um conflito" pessoal e antigo, com um magistrado do Ministério Público e acusa-o de ter sido ele "a vender" a tese da cabala. Orlando Romano, como depois especificou, já em resposta a perguntas do advogado de Cruz, terá feito isso devido "a quezílias antigas" entre os dois, surgidas no âmbito de "outro grande julgamento e de outro grande caso".
Questionado por Ricardo Sá Fernandes sobre se tinha conhecimento de que aquele grupo se concertasse "no sentido de branquear os arguidos, culpando pessoas do PS", a testemunha defendeu que se trata de pessoas de "grande craveira" , incapazes de fazer tal coisa, e voltou a referir que a invenção partiu de Orlando Romano, à época, director da Polícia Judiciária.
Contactado pelo JN, o então director nacional da PSP fez um comentário, através do gabinete de relações públicas, em que afirma: "Confirmaria ter inventado esta e muitas outras cabalas pelas quais, porém, nada recebi dos compradores, se o que se passa em tribunal não fosse um assunto sério pelo qual cada um deverá ser responsabilizado".
O jornalista que sabia tudo
Moita Flores disse ainda que depois de se ter deslocado a primeira vez a Santa Clara, telefonou ao jornalista Jorge van Krieken a contar o que se tinha passado. Perante a indignação da juíza Ana Peres ( as testemunhas não devem contactar entre si), esclareceu que o referido jornalista "sabe tudo" o que se passa no tribunal e sabia já, até porque foram feitas declarações públicas, o que ele tinha dito.
Os advogados e o Ministério Público quiseram saber como é que o jornalista "sabe tudo", se a maioria das audiências decorreu à porta fechada. Moita emendou de novo explicando que o que queria dizer é que ele sabe tudo sobre o processo em causa.

 
 
 
in JN - 2008-02-28
 
Uma variação do que saiu no Jornal O Crime.

Carlos Cruz e Moita Flores não vão responder em tribunal em processo de difamação

"Carlos Cruz e Moita Flores não vão responder em tribunal em processo de difamação

O Tribunal do Seixal decidiu não levar a julgamento, por difamação, o apresentador de televisão Carlos Cruz e o presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores, num processo em que é queixoso o ex-inspector da Judiciária Jorge Cleto.
De acordo com o Despacho de Pronúncia, a que a agência Lusa teve acesso, o Tribunal do Seixal entendeu não pronunciar os arguidos Carlos Cruz e Francisco Moita Flores pelo crime de difamação de que estavam acusados, devido à «inexistência de indícios suficientes da prática» deste ilícito.
O caso remonta a 2005 e surgiu após uma entrevista televisiva em que o ex-inspector da PJ Jorge Cleto afirmava ter visto uma fotografia de Carlos Cruz com um menor, numa situação que configurava abuso sexual.
Em entrevista ao jornal "24 Horas" a propósito da reportagem televisiva, Carlos Cruz afirmou que esta acusação provinha de uma pessoa, o ex-agente da PJ, que cumprira pena de prisão por burla e outros crimes de natureza patrimonial. Segundo o apresentador, esta informação foi-lhe transmitida pelo antigo agente da PJ e seu amigo Moita Flores.
Jorge Cleto não gostou e decidiu processar Carlos Cruz e Moita Flores por difamação, tendo os dois sido acusados do crime, mas afastados do julgamento por decisão de um juiz de instrução, que concluiu não existirem indícios da prática do crime, nem dolo.
A acusação particular de Jorge Cleto não foi acompanhada pelo Ministério Público, como é referido no despacho de pronúncia.
No despacho, o juiz de instrução refere que, «na verdade, o assistente [o queixoso] não alega qualquer facto donde decorra a existência de dolo, na atitude dos arguidos, nem da consciência dos mesmos da ilicitude das suas condutas».
O juiz de instrução aponta que os arguidos imputaram ao ex-inspector Jorge Cleto «factos verídicos» e que «não é lícito concluir que os tenha movido qualquer intuito de denegrir a honra ou consideração do assistente e muito menos que tenham agido de forma a prever tal possibilidade».
O tribunal entendeu ainda que a responsabilidade dos arguidos a título de negligência está excluída."

in Destak - 25-07-2007   09.39H

Abrantes envolve CDS no processo Casa Pia

"Abrantes envolve CDS no processo Casa Pia

A defesa de Manuel Abrantes envolveu ontem o CDS no processo de pedofilia da Casa Pia, acusando Catalina Pestana, nomeada provedora pelo ministro centrista Bagão Félix, de ocultar documentos de uma das vítimas onde era feita referência a um ex-governante do CDS.



Minutos depois de ter dito que não acredita em cabalas, afirmando mesmo que se tivesse a mínima suspeição sobre uma eventual instrumentalização do processo não estaria a defender o ex-provedor-adjunto, o advogado Paulo Sá e Cunha acusou a Casa Pia de ter ocultado dados 'relevantes' sobre algumas vítimas.
Ao enumerar uma série de factos que classificou como 'factos muito insólitos que revelam caos na investigação', o defensor lembrou que Catalina Pestana guardou um documento manuscrito do braço-direito de ‘Bibi’ intitulado 'clientes da rede pedófila', onde estava escrito o nome de um ex-ministro do CDS.
'Não posso deixar de registar que este nome está aqui e eu não conheço outro. É estranho que este documento, que vale o que vale, feito por um assistente, tenha sido guardado por Catalina Pestana e não estivesse nos autos', disse Sá e Cunha, afirmando de seguida que a ex-provedora foi nomeada por um ministro do CDS e que, à data da divulgação do escândalo, a pasta da Justiça, com a tutela da PJ, estava nas mãos de Celeste Cardona, também do CDS. 'Este tipo de factos alimentam a tese da cabala', acrescentou, lembrando ainda que Manuel Abrantes foi nomeado pelo socialista Ferro Rodrigues. "

in Correio da Manhã, 19 Dezembro 2008


Mais do mesmo....

Arguido Carlos Cruz está a faltar ao prometido...

Prometeu colocar o Processo Judicial disponível on-line até final de Setembro. Faltam 19 min....

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Nota de Editor

Já deu para ver que alguns de vós julgam que "alguém" está por trás deste blog. E estão. Mas não é nenhuma "Conspiração". Não temos nenhuma filiação política, corporativa, empresarial ou de amizade com absolutamente nenhum dos citados neste blog. Fazêmo-lo como hobbie e interesse pessoal. Nada mais. Aliás, nem é preciso uma efectuar uma grande investigação.
Basta ter interesse e estar atento, coisa rara neste Portugal. Neste Portugal engolem o que se é dado pela Imprensa e TV e tomam isso como garantido.

Nós não.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Artigo muito interessante que saiu no site do SMMP em 2008

"Teoria da conspiração mantém-se acesa há cinco anos. Órgão fiscalizador das secretas garante que não houve envolvimento

Foi a 9 de Maio de 2003 que Ferro Rodrigues, ex-líder do PS, se convenceu que o seu nome e o de Paulo Pedroso constavam do processo da Casa Pia. Até então, apenas tinha tido pequenas informações é `bocas’. Mas o fiscalista Saldanha Sanches deu-lhe mais uma: a origem da manipulação estava nos serviços secretos militares. Cinco anos depois, a “cabala” ainda está bem presente. Mário Soares pediu uma investigação e o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público desafiou os Conselhos Superiores dos juízes e do MP a esclarecer tudo. Mas será possível provar uma conspiração?
A tese de `cabala’ foi alimentada, sobretudo, no Verão quente de 2003, após a prisão preventiva de Paulo Pedroso. É uma história de serviços secretos, influências ocultas e manipulação de depoimentos. E, essencialmente, explica-se assim: alguém manipulou o processo da Casa Pia para envolver figuras do PS. O motivo? Ferro Rodrigues, quando prestou declarações no processo (Junho de 2003), avançou duas hipóteses: liquidar a direcção socialista por si encabeçada e destruir a investigação do caso “para defender alguém que já esteja preso ou possa vir a ser”.
Caimoto Duarte, director do antigo Serviço de Informações Estratégicas e de Defesa (SIED), foi chamado a depor. E disse que jamais, em tempo algum, o serviço estaria por detrás de tal maquinação. O responsável pelo antigo SIEDM ainda fez questão de dizer que nenhum dos órgãos de fiscalização das secretas fez qualquer investigação interna. Já depois de 2004 também nada foi apurado, disse ao Expresso Jorge Bacelar Gouveia, presidente do Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informações. “Não foi detectada nenhuma violação de direitos e garantias devido à actuação desenquadrada de elementos dos serviços”, declarou.
Nos bastidores do poder havia muitos nomes. Um deles era Serradas Duarte, director da extinta DINFO. Em 2003, este comandante da Marinha trabalhava como assessor no Ministério da Administração Interna. Também prestou depoimento, sem acrescentar nada de novo.
As atenções de Ferro Rodrigues e António Costa também estavam viradas para Moita Flores, actual presidente da Câmara de Santarém. Alegadas movimentações do ex-inspector da Polícia Judiciária causavam estranheza à cúpula do PS. Posteriormente, Moita Flores atribuiu a autoria da “tese da cabala” a Orlando Romano, magistrado do MP próximo de António Costa. O actual autarca de Lisboa chegou a ligar Moita Flores à defesa de Carlos Cruz.
Ferro Rodrigues chegou a dizer que “percebeu que havia uma imensa pressão para que viesse a tomar uma atitude pública sobre o processo”. Isto antes de Pedroso ser detido, em Maio de 2003. Nada foi apurado. Santiago Camacho, jornalista espanhol, autor do livro ‘20 Grande Conspirações da História’, escreveu: “E possível que o século XXI seja o século da paranóia”. Será? C.R.L.

PERSONAGENS
• Caimoto Duarte, embaixador, ex-director do Serviço de Informações Estratégicas e Defesa.
• Pedro Serradas Duarte, director operacional da extinta DINFO, Divisão de Informações Militares.
• Moita Flores, antigo inspector da PJ, actualmente presidente da Câmara de Santarém.
• Pedro Guerra, jornalista, assessor de Paulo Portas.
• Marques Vidal, juiz conselheiro, antigo director nacional da PJ.
• Nuno Magalhães, deputado do CDS, ex-secretário de Estado da Administração Interna."

Autor: Carlos Rodrigues Lima
Data: Sábado, 04 de Outubro de 2008

Já viram bem o nome dos envolvidos no texto? Dos ditos personagens? Será coincidência? Vejam bem onde estes nomes aparecem nos textos ditos fantasiosos...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Reportagem de Felícia Cabrita de 2007

"Um ateliê em Lisboa, frequentado por artistas e outras figuras conhecidas, está a ser investigado pelo Ministério Público no âmbito do novo caso de abusos sexuais envolvendo a Casa Pia"


"Um jovem de 14 anos, acolhido no Lar Cruz Filipe, já prestou declarações no inquérito, que é conduzido pelo procurador João Guerra (magistrado que investigou os casos de 2002).

O jovem acusa um educador, Paulo R., o qual servirá de intermediário, conduzindo os alunos ao referido ateliê. Este caso é muito recente e não constava da denúncia feita em Maio por Catalina Pestana.

As denúncias de José (nome fictício) são corroboradas por outros jovens contactados pelo SOL e que relatam os abusos sofridos. Os testemunhos fazem ainda referência ao caso de 2002: Manuel, de 16 anos, refere ter sido levado por Carlos Silvino a uma casa em Lisboa – e diz-se disposto a testemunhar às autoridades.

O educador Paulo R. – com quem o SOL tentou falar, sem êxito – foi suspenso na segunda-feira. A direcção da Casa Pia instaurou também um processo disciplinar a uma educadora por violação das regras de vigilância na instituição.

Joaquina Madeira, presidente da direcção da Casa Pia, disse quinta-feira, na RTP,  que não se está perante um problema nacional. Admitiu que continua a haver casos de abusos, mas não dentro da instituição, o que é contrariado pela investigação do SOL.

O Inverno tarda em chegar: nem frio, nem chuva. São quatro da tarde e o calor bate como se fosse Verão. À porta da escola Francisco de Arruda, na Ajuda, o porteiro, numa guarita, sabe tudo sobre os alunos – desde a hora da entrada à hora da saída, se faltaram ou se ainda estão presos às traquinices próprias das crianças.

As palavras do homem batem certo com a saída de José (nome fictício, tal como os de todos os outros jovens que adiante se referem). A mochila verde do puto submerge-o. Fez 14 anos em Outubro, mas o ar franzino e a altura, abaixo da sua faixa etária, rouba-lhe no mínimo dois anos. Vem na boleia da garotada do 5.º ano que vai saindo da escola e o cabelo oxigenado distingue-o dos outros. A caracterização é uma defesa dos jovens dos lares da Casa Pia.

Testemunha principal

José é a testemunha principal de mais um escândalo de abusos sexuais a jovens da instituição e já prestou depoimento no Ministério Público.

José está de castigo. Foi assim, aliás, desde que nasceu. Faz parte de um grupo de rapazes do Lar Cruz Filipe que no último ano anda fora dos eixos. O lar pertence a Santa Catarina, colado ao Instituto Jacob Rodrigues Pereira, que se dedica à educação de jovens surdos e também à de alunos com dificuldades de aprendizagem.

Os rapazes faltam às aulas sem que alguém os controle. Na Casa Pia, há décadas albergue de pedófilos nacionais e estrangeiros, mais uma vez ninguém soube ler os sinais de perigo que o grupo deixava. Com o carimbo de mau comportamento, um deles foi expulso por bater em Amândio Coutinho, antigo assessor da ex-directora do Instituto Jacob, Maria Augusta Amaral.

Outro rapaz está suspenso pelas mesmas razões, só que as agressões calharam a um professor. E há ainda um aluno que fugiu.

José, o mais novo, depois de ter feito rebentar um extintor, foi mudado de lar – deixando para trás Clemente, o irmão mais velho e a única bengala de afecto.

José desce a rampa da escola tagarelando com os outros colegas. A jornalista do SOL apenas lhe merece uns segundos de desconfiança. No café em frente, regala-se com uma tosta mista que acompanha com Coca-Cola.

Às primeiras perguntas, as fartas pestanas, como cortinas de um palco em desuso, protegem-lhe a vergonha. Aos poucos solta-se das amarras do medo e rebobina um filme mau. Conta que tudo começou no Verão, ainda tinha 13 anos. Com o irmão Clemente e o amigo deste, Renato, começou a frequentar um ateliê em Lisboa, onde trabalham vários artistas plásticos.

Renato, 16 anos, através de um educador do Lar Cruz Filipe, arranjara ali um gancho. O educador, Paulo R., a quem não compete a orientação profissional dos casapianos, transgredia as regras da casa.

No ateliê, José passa a ser presença frequente a partir das quatro da tarde. Aí vê o primeiro filme porno: «António, o patrão do Renato, tinha filmes num armário. Cheguei a ver um em que homens violavam mulheres e depois matavam-nas. Depois abusavam de homens e faziam-lhes o mesmo».

Foi o colega do lar quem um dia lhe disse: «O António gostava de curtir contigo». Aos poucos, o homem foi avançando. José solta as lágrimas: «Tocava-me na pilinha e dava-me tapas no rabo».

Decidiu comentar o caso com o educador, que assistia, sorrindo: «Respondeu-me que não tinha nada de mal, que ele era sempre assim». Às vezes, era «o mestre» (como também chamam a António) quem aparecia no lar Cruz Filipe.

A seguir ao jantar, enquanto a rapaziada via futebol, o mestre subia para a zona dos quartos com o educador e dirigia-se ao pequeno: «Anda, não queres dar uma quequinha?».

Um dia, foram convidados para uma festa no ateliê. A sorte do rapazito estava nas piores mãos. José tem o ‘selo’ da maioria dos casapianos: foi internado com o irmão no Instituto Jacob com apenas quatro anos. O pai, Alberto, trabalhava nas obras. A mãe, Maria, ganhava uns tostões fazendo limpezas. Ela tinha oito filhos e ele tantos que lhes perdera a conta. Em casa, quando o dinheiro falha, o álcool impera. O pai – que agora está preso por ter violado uma sobrinha de 13 anos da nova companheira – utilizava o cinto e tudo o que lhe viesse à mão para flagelar os garotos. A mãe, sempre em ajustes com a vida, denuncia o caso à polícia e o Tribunal de Menores coloca-os ao abrigo do Estado. Um mal pior.

Festa e violação no ateliê

José enrola a fala, os olhos claros ensombram-se à medida que empurra a história. Estava na festa, e nas traseiras do ateliê assam-se sardinhas. Havia muita gente importante, até políticos. Folheia uma revista da Casa Pia e reconhece alguns. Um é conhecido por 'avô' e outro conhece-o de o ver a comprar jornais no quiosque em Belém: «Dava-nos revistas, mas nunca me fez mal».

Entre as várias mesas na festa, uma era só destinada ao seu lar. Paulo R. e a educadora Sandra estavam com duas raparigas menores e com Manuel, um colega de José. Os mais velhos serviam as bebidas e ajudavam no fogareiro. Cantava-se o fado, quando o educador lhe disse para tomar um medicamento. O miúdo estranhou: «Mas depois vou ficar com sono». E ficou. Buprex é um analgésico para dores violentas e ao mesmo tempo um opiáceo. Não é aconselhável a menores de 18 anos e provoca perturbações do foro psicológico e confusão mental.

José tombava de sono e o educador, depois de contornar uma escultura que se encontra no início da escadaria, sobe com ele o primeiro lanço: «Fiquei logo no primeiro quarto. Para cima há mais dois». O miúdo acordou com o frio. Estava quase nu e um líquido espesso colado à pele fê-lo desconfiar. Chorou muito antes de descer. Doía-lhe o corpo e desabafou com o educador, que lhe respondeu: «Isso é do crescimento e de teres suado enquanto dormias».

Quando a festa acabou, António foi à rua despedir-se dos putos. Distribuiu um chocolate a cada um: «A mim deu-me dois, porque me tinha portado bem». Quando chegou ao lar e se despiu, uma mancha vermelha de sangue nas cuecas voltou a alarmá-lo. Insistiu com Paulo R., mas este não mostrava qualquer preocupação: «Se continuar, logo vamos ao médico».

Tempos depois acordou, mas desta vez foi a mão do educador que o roubou ao sono. Do quarto tinha acabado de sair Manuel, que também tinha estado na festa. José empinou-se e perguntou a Paulo R. o que fazia na sua cama. «Ele respondeu-me que estava só a descansar».

Falar com os mais velhos do grupo foi a tarefa mais espinhosa. O jardim em frente ao Instituto Jacob – onde antigamente os surdos esperavam diplomatas das embaixadas em volta, que a troco de transístores e outras bagatelas compravam os favores sexuais dos alunos – serve de miradouro. No horário das aulas, Renato e Clemente (amigo e irmão de José) queimam aí o tempo.

A aproximação é difícil. Clemente, a quem Paulo R., quebrando mais uma vez as regras, colocou em regime de voluntariado numa organização de solidariedade social das redondezas, não põe lá os pés há muito tempo.

Ao telefone, uma voz feminina reclama: «Tinha até já decidido ligar ao educador, porque foi ele quem fez o contrato, para lhe comunicar esta situação». Na Casa Pia, como se vê, o controlo é o mesmo de antigamente.

Passados uns dias, conseguimos chegar à fala com o adolescente. Tem 15 anos e carrega no olhar um profundo sofrimento. O carapuço da camisola cobre-lhe o rosto quase por inteiro. Sem olhar a interlocutora, demonstra um total desprezo pela vida: «Nunca fui feliz, nem serei».

As denúncias do irmão esbarram nas suas defesas: admite conhecer o ateliê, onde chegou a trabalhar, mas diz que estava sempre ao computador com Renato, com quem punha poemas e anedotas na internet. As palavras são controladas ao milímetro: «Se o meu irmão foi abusado, não vi. Já lhe disse que estava sempre ao computador».

Renato é ainda mais esquivo. Abordado quase em frente ao Lar Cruz Filipe, parece ter passado uma esponja pela memória. Mais um pouco e a carapaça ferida do jovem começava a mostrar a alma. Ao nome do político referido por José, descai-se: «Isto ainda vai dar uma grande bronca».

Mas o director do Instituto Jacob aparece de surpresa. Corta o diálogo e leva-o para dentro: «Desculpe, mas o Renato anda muito perturbado e eu tenho de o proteger».

A presença constante da jornalista do SOL, nas últimas semanas, acabou por abalar a instituição. O véu do silêncio é de novo estendido. Os alunos que falaram ficam debaixo de fogo. Nos dias seguintes, aparentemente, tudo entra na rotina. Renato volta às aulas e Clemente para o voluntariado. «Estamos proibidos de falar consigo», respondem, por telemóvel. No lar, a jornalista do SOL torna-se o inimigo a abater.

Mas há sempre alguém que não dorme: foram funcionários da Casa Pia quem, há pouco mais de um ano, começou a suspeitar do comportamento de Carlos, um aluno semi-interno. O jovem saiu da instituição quando atingiu a maioridade.

Antes disso, gabava-se que não precisava que lhe arranjassem emprego, pois na casa dos artistas conhecera gente importante que lhe assegurava o pão. Até já jantara com o político – aquele que José refere como o homem que compra revistas no quiosque de Belém.

Carlos está com 19 anos, tem pouco mais de um metro e 50 e ninguém lhe dá a idade que tem. Parece um adolescente. Filho de mãe alcoólica, muitas vezes faltava às aulas com o pretexto de lhe dar apoio. Tinha repentes de mau génio. Se algum funcionário lhe tentava travar o passo quando ele queria sair, logo ameaçava: «Não sabe com quem se mete. Olhe que conheço gente muito importante». Agora, trabalha há um mês numa papelaria, tem uma Honda CBR e está a tirar a carta de condução.

Carlos diz ter conhecido os artistas plásticos do ateliê através de um ex-casapiano, amigo de Paulo R., que também lá vive. No que diz respeito a festas, foi a muitas, mas nada viu de anormal: «São gays, nós até gozamos com eles, mas são boas pessoas». Inquirido sobre o jantar com o político de renome, arranja desculpa mal amanhada: «Conheci-o no ateliê, mas nunca fui jantar com ele, nem a minha namorada deixava!».

«Eu gostava do Paulo R.»

Piores recordações guarda Manuel, 16 anos, colega de José. Sai do Instituto Jacob em direcção ao Lar Cruz Filipe. Tem um ar compenetrado e sério, que perde na abordagem. O terror domina-o: «É jornalista ou polícia?». Acalma-se aos poucos. No café, atira-se a chocolates: são parecidos aos que lhe oferecia o mestre António no ateliê.

Nesse dia – já depois de José ter falado no Ministério Público – Paulo R. já tinha sido suspenso do lar. Quando a jornalista lhe dá a notícia, ia acabando com a conversa: «Fogo! Não pode ser. Era o meu educador de referência, tinham-me dito que estava de baixa. Eu não gostava do mestre, mas gostava do Paulo R.».

Foi o educador quem o levou a primeira vez à vivenda do mestre: «Estava lá um homem velho, subi as escadas e, no quarto, meteu-me a pilinha na boca e fez-me o mesmo que fez ao José. Mas o Paulo R. não me lembro de me ter feito maldades».

Os minutos saltam sem que lhe saia palavra. O corpo treme ao menor ruído, o olhar percorre desconfiado quem passa. Tem um profundo distúrbio emocional e é medicamentado. É o regresso ao passado que o ajusta à realidade.

Dos pais nada sabe, ou não quer saber. Manuel vivia com a avó antes de entrar na Casa Pia. Entrou para o Lar Cruz Filipe em 1999, ano da sua inauguração. Nas férias, os alunos de S.Marçal, lar de surdos no Bairro Alto, juntavam-se no novo lar ou em colónias de férias.

Paulo R., colega de curso de um irmão  -  que também trabalhou no instituto -  de Amândio Coutinho, assessor da anterior directora do Instituto Jacob, fora colocado como educador no lar dos surdos, quatro anos antes. No Jacob, dizia-se à boca cheia que era o educador preferido da directora. Sem concluir os estudos como animador cultural, rapidamente chega a coordenador do lar.

Nessa altura, era protegido de Paulo R. o monitor Arlindo Teotónio - que vai ser julgado no final deste mês por abusos a raparigas e a jovens surdos, um dos quais foi também abusado por Carlos Silvino (arguido no primeiro processo).

Manuel conta que conheceu este deficiente auditivo durante as férias. E com ele esteve noutras casas. De repente, entra num discurso compulsivo, que permite completar o puzzle."

17 NOV 07   Felícia Cabrita

Investigação 33

Investigação 33 - MP colocou inspectora-chefe da PJ sob escuta


"O TELEFONE PRIVADO da inspectora-chefe da Polícia Judiciária, Ana Paula Matos, foi colocado sob escuta no âmbito do processo Casa Pia, por ordem do Ministério Público e do juiz Rui Teixeira, incidente que poderá levantar uma forte onda de indignação no seio da Polícia Judiciária.
A escuta foi pedida pelo inspector Dias André e pelo procurador João Guerra, e foi ordenada pelo juiz Rui Teixeira, tendo unicamente como base uma denúncia feita por uma mulher (alegadamente ligada ao mundo da prostituição) ao inspector da PJ, Dias André, que mantém um conflito pessoal com a sua colega Ana Paula há vários anos. O episódio assume à primeira vista contornos de vendetta pessoal, mas uma análise mais cuidada mostra-nos uma outra realidade, em que parece haver uma acção concertada em aniquilar qualquer crítica à forma como foi conduzida a investigação e recolha de provas no processo da Casa Pia. O conflito entre Dias André, Rosa Mota e a sua colega Ana Paula data de há uns sete anos. Em 1997 e 1998, Ana Paula e os seus colegas fizeram um levantamento exaustivo de jovens e crianças que se dedicavam à prostituição no Parque Eduardo VII, Rossio e Príncipe Real, em Lisboa, tendo organizado um ficheiro de arrumadores e arrebentas, com cerca de 800 fichas. Mais de metade eram de prostitutos, muitos dos quais tinha iniciado a actividade aos 10, 11 e 12 anos. Muitos deles eram casapianos. Em cada uma destas fichas constava o nome do jovem, apelido, morada e traços físicos. No verso da ficha, uma fotografia do jovem, tirada nas instalações da PJ, no segundo andar, junto a uma porta, mesmo ao lado do gabinete da inspectora Rosa Mota, que chefiava a secção de Ana Paula.

Também o SIS se interessou pelo assunto, justificando-se isso com uma tese que apontava para a «existência de um lóbi homossexual, suprapartidário e suprareligioso, acima do Opus Dei e da maçonaria, que teria como fio condutor as suas ligações homossexuais e, em alguns casos, até pedófilas. Este lóbi tinha uma força real ao nível político e económico sendo que as suas acções com crianças, passíveis de serem alvo de extorsão, podiam colocar em causa a segurança nacional» -- segundo fonte próxima dos Serviços de Informações.

Parte da informação recolhida pelo SIS teve como fonte a PJ, nomeadamente este ficheiro organizado e compilado pela secção de Ana Paula, dirigida por Rosa Mota, hoje destacada para o processo Casa Pia juntamente com os inspectores Dias André, José Alcino e Fernando Baptista.

Por essa altura, em 31 de Março de 1998, a inspectora-chefe Ana Paula recebe uma chamada de uma mulher que denunciava a existência de um grupo de assaltantes, prostitutos e chantagistas que actuavam no Parque Eduardo VII, chefiados por um tal João Alves. Do grupo faria parte o seu filho Rui[zinho], casapiano, na altura com uns 12 ou 13 anos de idade, mas já assaltando de arma em punho.

Bastaram poucos dias para os agentes da PJ descobrirem a identidade da mulher, uma alegada prostituta chamada Antónia, que, segundo uma testemunha, mantivera relações com João Alves, o chefe do gang a que o filho pertencia e que ela agora denunciava, porventura motivada por vinganças pessoais.

Desse gang do Parque fazia parte também um outro jovem com alcunha de Piriquito, também ele casapiano, tido como prostituto “de gente muito importante, políticos de direita” – segundo vários frequentadores do Parque. Mas a questão nunca foi cabalmente investigada pelo MP, que decidiu apressadamente arquivar partes do processo do Parque, que poderiam descobrir uma verdadeira rede de abusos sexuais a menores.

Nessa altura, o procurador do MP era um tal João Ramos que, curiosamente, foi a quem Rosa Mota enviou o actual processo da Casa Pia, em Novembro de 2002, alguns dias mais tarde entregue a João Guerra.

Este procurador João Ramos, conhecido nos meios gay de Lisboa, decidiu na altura do processo do Parque o arquivamento dos autos relativos a crimes de abusos sexuais, avançando exclusivamente com as acusações por roubo. Ana Paula e os seus colegas conseguiam desmembrar o gang do Parque, mas não logravam que se investigassem a fundo os abusos sexuais a menores e redes de extorsão.

Também Rosa Mota fizera-lhe saber que não queria que se metesse nesse tipo de investigação. As relações azedam-se.

Ainda investigavam este processo quando, em Novembro de 1998, a inspectora Ana Paula foi afastada da sua secção. «De repente começaram a surgir processos contra ela, até que foi afastada», conta-nos um operacional que trabalhara a seu lado. «Um seu superior chegaria mesmo a dizer-lhe que a melhor forma de a proteger era afastá-la dali o mais depressa possível», refere-nos a mesma fonte.

Três dias depois de Ana Paula sair, no dia 21 de Novembro, entra Dias André, que se iniciara na PJ como motorista. A partir desse momento, seria ele a dirigir a brigada que se ocupava de assaltos e furtos, sob as ordens de Rosa Mota. O certo é que nunca mais se ouviu falar de alguma investigação sobre a prostituição juvenil ligada aos assaltos, e seus tentáculos laterais, sobretudo a extorsão.

Três anos depois de Ana Paula ser afastada, Rosa Mota e Dias André mudam-se surpreendentemente para a 2ª secção, responsável pela investigação dos crimes sexuais. A base de dados contendo parte das cerca de 800 fichas iria na bagagem de Dias André, (algumas centenas tinham sido deitadas para o cesto do lixo), que manteve sob sua alçada esta base de dados ilegal durante todos esses anos, até ser descoberto pelas chefias, na sequência de um artigo publicado no EXPRESSO, em Agosto de 2003, onde se denunciava a existência do ficheiro.

Quanto a Ana Paula, relegada para prateleiras sucessivas, com processos disciplinares, ficou-lhe (segundo alguns seus colegas) a memória de Dias André e Rosa Mota, como «inimigos» viscerais.

É com este «enquadramento histórico» que deve ser vista a decisão de colocar sob escuta o telefone de Ana Paula. O argumento escolhido foi um providencial encontro entre Dias André e Antónia, a tal mulher que esteve na origem do processo do Parque,. Diz este que em 31 de Setembro de 2003 foi contactado por Antónia às 21:30 horas, a qual lhe terá contado “uma longa história” sobre uma abordagem feita na véspera pela inspectora-chefe Ana Paula, pedindo-lhe dados sobre um tal Piriquito, um Paulo e um tal Steve, todos eles personagens relacionados com o Parque Eduardo VII.

Segundo Dias André, Antónia disse-lhe que Ana Paula lhe contara que a investigação da Casa Pia estava a ser mal conduzida, que os arguidos estavam inocentes e que lhe prometera algum dinheiro a troco de «alguns elementos sobre indivíduos conhecidos do seu filho Ruizinho e na altura em que aquele foi abusado sexualmente.»

Ana Paula é tida como uma das profissionais da PJ que melhor conhece os meandros da prostituição juvenil. Se o que a prostituta contava era verdade e se existissem de facto esses «elementos sobre indivíduos», porquê então colocar o telefone de Ana Paula sob escuta, em vez de chamá-la a depor e com ela descobrir esses mesmos elementos, que podiam permitir apurar a verdade?

Por isso, a acção contra Ana Paula pareceu sobretudo visar a paralisação de acções que pudessem colocar em causa a investigação ao processo da Casa Pia, e o episódio deixa sérias dúvidas sobre se o testemunho da inspectora-chefe não poderia, afinal, descobrir o que a investigação actual do MP negligenciou.

Mas o argumento usado para colocar o seu telefone sob escuta foi o de «favorecimento pessoal». O mesmo tipo de argumento usado contra Ferro Rodrigues, para também colocar os seus telefones sob escuta.

Não obstante a nossa insistência, não conseguimos até ao momento obter uma reacção da inspectora-chefe Ana Paula."


in Reporter X de Jorge Van Krieken, entretanto desactivado pela PJ

Casos estranhos da informação na Internet - Herman José, Valente Oliveira, António Costa

"Herman José foi noticado, esta tarde, para prestar declarações no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP)pela equipa de procuradores que investiga o processo Casa Pia.

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário Herman José irá ao DIAP não na qualidade de testemunha abonatória, mas sim enfrentando a possibilidade de ser constituído arguido.
Herman José disse à SIC que recebeu uma notificação «para ser ouvido como testemunha no âmbito do processo de Carlos Cruz», um dos suspeitos em prisão preventiva, o que, adiantou, fará «com muito gosto».
A notificação foi-lhe entregue hoje à tarde nos estúdios da Valentim de Carvalho em Paço d' Arcos, quando se preparava para iniciar os ensaios do programa «Herman SIC» de hoje.
O programa, que vai para o ar em directo na SIC às 22:00 tem como convidados os ex-casapianos Adelino Granja e Pedro Namora, que se notabilizaram na denúncia dos alegados casos de pedofilia contra alunos da Casa Pia.
Nas declarações à SIC, Herman José mostrou-se sereno, confiante e interessado em colaborar com a justiça, já que, disse, terá «muito prazer» em explicar «olhos nos olhos» a quem investiga o caso por que razão pensa que «há qualquer coisa que não bate certo» na detenção de Carlos Cruz, um «chefe de família» e pessoa que conhece há mais de 30 anos.
«É natural que, numa investigação séria, haja interesse em ouvir aquilo que eu quero dizer», afirmou.
Contudo, «da maneira como as coisas estão não me admiraria que me acontecesse como a outras figuras que têm sido surpreendidas com estes acontecimentos», observou Herman José.
No âmbito do processo sobre abuso sexual de menores da Casa Pia de Lisboa, estão em prisão preventiva sete suspeitos: o deputado e porta-voz do PS, Paulo Pedroso, o apresentador Carlos Cruz, o embaixador Jorge Ritto, o ex-provedor-adjunto da instituição Manuel Abrantes, o médico Ferreira Diniz, o advogado Hugo Marçal e o antigo funcionário casapiano Carlos Silvino («Bibi»).
O comediante adiantou que, como figura pública que é, está «habituado» a prestar declarações e mesmo a depor em tribunal.
Prestar declarações «é uma coisa que até me aconchega, é uma coisa que eu faço sempre com algum conforto», disse.
«O que eu não gosto é de ir a hospitais», concluiu Herman José."
in IOL 26-05-2003
Leia sobre este tema:
Pois bem, gostaríamos imenso de ler sobre isto. Mas a do Herman José ainda está on-line, mas as outras duas já não estão. Deveras curioso, não?

"Inspector Dias André confrontado com escutas a Paulo Pedroso" - Jun 2006

"A juíza que preside ao julgamento do processo Casa Pia aceitou que o inspector chefe da PJ Dias André fosse confrontado com escutas ao ex-deputado Paulo Pedroso, nas quais são feitas referências ao arguido Carlos Cruz.
O inspector da Policia Judiciária, Dias André foi, esta segunda-feira de manhã, confrontado com escutas feitas ao ex-deputado Paulo Pedroso, nas quais são feitas referências ao arguido Carlos Cruz e a dois antigos ministros de Durão Barroso.
O pedido tinha sido feito por José Maria Martins, advogado do arguido Carlos Silvino, com o objectivo de provar que Carlos Cruz manipulou e falseou elementos de prova durante as investigações.
Nas escutas realizadas a Paulo Pedroso é referido que Carlos Cruz comprou primeiras páginas da revista «Focus». Confrontado com estes elementos, o inspector-chefe Dias André disse lembrar-se que havia imprensa, nomeadamente essa revista, que atacava ou defendia determinados arguidos fazendo contra-informação.
O advogado de Carlos Silvino perguntou ainda à testemunha se teve conhecimento se algum dos arguidos tentou abafar o processo envolvendo outras pessoas, citando especificamente os nomes dos ministros Valente Oliveira e Paulo Portas, os dois nomes mencionados nas escutas telefónicas feitas a Paulo Pedroso.
A resposta de Dias André foi evasiva. O inspector da PJ limitou-se a dizer que surgiram referencias a figuras de outro quadrante político para além do Partido Socialista e que a investigação não conseguiu apurar a veracidade dos comentários que envolviam Paulo Portas no processo Casa Pia
Questionado pela TSF, Frederico Valarinho, actual director da revista que, na altura, ainda não estava em funções, desmente categoricamente que a «Focus» alguma vez tenha publicado, a troco de dinheiro, notícias encomendadas por Carlos Cruz.
«Esta acusação apanha-me de surpresa mas, logicamente, vamos averiguar de onde partiu a informação e dentro do que está previsto na lei vamos agir contra as pessoas que põem em causa nossa ética e a nossa deontologia profissionais», disse.
Perante a acusação de que a revista fez contra-informação, Valerim diz apenas que a revista age dentro da lei e das regras deontológicas e que a revista «fez jornalismo honesto como tenta fazer todas as semanas»."

in TSF

Mais uma vez, Paulo Portas e Valente de Oliveira esquivam-se bem. No documento "dito imaginário" eles também são citados. 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Processos perdidos no Supremo

"Processos perdidos no Supremo

Ministério Público investiga vários volumes desaparecidos no Supremo Tribunal de Justiça.

Vários volumes de pelo menos quatro processos desapareceram nas instalações do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A falta dos documentos foi notada em Maio e o caso, depois de esgotados todos os meios internos de investigação, foi comunicado ao Ministério Público e ao Conselho de Oficiais de Justiça.
Dois dos volumes desaparecidos pertencem a um processo em que terão sido desviados quatro milhões de euros por dois sócios de uma empresa leiloeira. Os dois homens, que trabalhavam com vários tribunais na venda de património de empresas falidas, levavam imóveis a leilão, mas depositavam o dinheiro das transações nas suas contas pessoais. Os factos terão ocorrido entre 2000 e 2003. Um dos arguidos conseguiu fugir para Moçambique e nunca voltou.
O desaparecimento dos dois volumes em falta, de um total de 21 que constituem o processo, foi comunicado ao presidente do STJ a 13 de Maio, por correio eletrónico. "De imediato, fez-se um visionamento total da informação recolhida pelas câmaras de videovigilâncias existentes, sem se ter obtido qualquer resultado concreto", explicou ao Expresso, por escrito, Noronha do Nascimento, presidente do STJ.
Ao mesmo tempo, vários funcionários começaram a procurar os documentos no edifício da Praça do Comércio, em Lisboa. Não só não conseguiram encontrá-los como perceberam que havia mais volumes - de outros processos e de outras secções criminais do Supremo - que não estavam onde deveriam estar. "Houve mais alguns processos desaparecidos, poucos. Já todos eles tinham sido decididos definitivamente", esclareceu Noronha do Nascimento. O caso foi comunicado ao Conselho de Oficiais de Justiça e, em 16 de junho de 2010, à Procuradoria-Geral da República."

in
Ricardo Marques (www.expresso.pt)
13:50 Terça feira, 21 de Setembro de 2010

E depois ainda dizem que os conspiradores e criativos somos nós...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Processo Judicial Casa Pia

Aguardamos ansiosamente pela publicação do Processo na totalidade pelo arguido Carlos Cruz no seu site. Será motivante compará-lo com posts anteriores.

sábado, 18 de setembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Iate Apollo

O Iate Apollo para quem não sabe era um barco da Cientologia e dizem uma fachada da CIA, frequentemente estava no Funchal e em Lisboa. Era intocável. Esta reportagem saiu na TVI:

"2003-06-17

Exclusivo TVI
Navio do terror
Um barco alegadamente utilizado para práticas pedófilas e rituais satânicos esteve atracado em Portugal.

Um navio de nome «Apollo» foi utilizado em águas portuguesas para fotografar e filmar crianças em cenas de sexo. As crianças eram ainda sujeitas a rituais satânicos.
O navio, que alegadamente servia de fachada para práticas pedófilas, terá passado por Lisboa e atracado, durante alguns dias, na Madeira. Tudo indica que uma seita poderosa esteja envolvida nesta rede, que terá escolhido Portugal como um dos roteiros.
Milhares das imagens recolhidas no «Apollo» estarão actualmente a ser vendidas e trocadas entre pedófilos. Sobreviventes do «Apollo», na altura ainda crianças, relatam agora histórias de verdadeiro terror.
A TVI tentou obter esclarecimentos da Polícia Judiciária sobre este caso, mas a PJ não se disponibilizou para o fazer. Mas a TVI sabe que, na altura em que o «Apollo» atracou no Funchal, organizações não governamentais que lutam noutros países contra a pedofilia, denunciaram a situação às autoridades da Madeira. A TVI apurou também que a PJ da Madeira chegou mesmo a fazer algumas diligências, mas que acabaram por não dar em nada. A TVI sabe ainda que, quando as investigações começaram, o navio zarpou para outras paragens. "

Nunca mais a TVI falou deste assunto. O tema Pedofilia associado a rituais satânicos não interessavam à Estação TVI? Estranho, no mínimo.

E-mail reencaminhado de um computador da Policia Judiciária

Alguns de vós não sabe ou não se recorda. Mas foi notório que muita gente tentou passar informações cá para fora para ver se alguém pegava nelas e fizesse algum barulho. Este e-mail que foi enviado para vários orgãos de informação é sublime.

Leiam que vale a pena:

"1- Eurico de Melo é o deputado europeu identificado no Caso do Parque. Chegou a ser assinalado por comportamento pedófilo em Bruxelas pela Interpol. Desapareceu da vida política por isso. Porque é que CunhaRodrigues e Laborinho Lúcio abafaram o caso?> >
2- Porque é que vários prostitutos do Parque Eduardo VII (alguns da Casa Pia) identificaram Paulo Portas e a PJ os ignora?> >
3- Porque é que se reacende a "ligação" Paulo Portas/CinhaJardim?> >
4- Porque é que o Conselho de Ministros manteve completo silêncio até hoje sobre a denúncia do Le Point, reiterada por Rui Araújo na SIC, de que há dois ministros pedófilos no governo?> >
5- Porque é que Adelino Granja e principalmente Pedro Namora pediram tão insistentemente a demissão do ministro da Saúde?> >
6- Que ligações existem entre Jorge Coelho e Paulo Portas?> >
7- Porque é que Jorge Coelho, enquanto ministro da Administração Interna telefonou às 4 da manhã para o Director Nacional da PSP para obrigar os agentes que levaram Paulo Portas para a esquadra a "esquecer"tudo? Os dois agentes surpreenderam Portas no Parque Eduardo VII, ignoraram o seu estatuto dedeputado e levaram-no para a esquadra?> >
8 - Qual o papel da Dr.ª Fátima Galhardas, mulher do ex-director do SIS, TellesPereira, na escolha da "Casa de Elvas"? Ela é a Delegada do Ministério Público em Elvas e a responsável pela entrega de crianças aos cuidados das amas da Segurança Social. Gertrudes Nunes, dona da "Casa de Elvas", era ama da Segurança Social - que coincidência!> >
9 - Porque é que há alunos da Casa Pia que não quiseram voltar à PJ para serem interrogados de novo?> > 10 - Porque é que os interrogatórios feitos por Dias André e Rosa Mota a alunos da Casa Pia não foram gravados em vídeo ou pelo menos em áudio como acontece em qualquer país civilizado? > > Tiveram medo de registar a violência? Leia-se Barra da Costa, ex-investigador da PJ, no Correio da Manhã de 4 a 8 de Agosto.> >
11 - Que relações existem entre o inspector Dias André e o Eng.ª Miguel Paes do Amaral com Felícia Cabrita no meio?> >
12 - Qual o papel da TVI e o Portugal Diário (Media Capital=Paes do Amaral) neste processo?> >
13 - Que sabe a PJ sobre José Eduardo Moniz enquanto Director de programas da RTP, sua sociedade com Vasco Lourinho em Espanha quando este era correspondente da RTP e com um ex-director da TV Globo, a quem comprava as telenovelas, e que é seu actual sócio com António Parente e Paes do Amaral, no Brasil?> >
14 - Quem são os jornalistas envolvidos neste complot? Quem são os colaboradores da PJ e quem são os que são pagos? Porque é que Tânia Laranjo só agora descobre que andou a ser enganada pela sua muito credível fonte do Ministério Público?> >
15- Porque é que a TVI não consegue ou não pode aprofundar o caso do barco Apollo?> >
16 - Quem são as figuras públicas que aparecem num vídeo feito a bordo de um iate ao largo da Madeira e que está guardado ou foi destruído pela PJ?> >
17 - Quem é a sorridente figura pública que arranjava rapazinhos para o embaixador Carlucci, pedófilo tão compulsivo que chegava a ter ataques de fúria quando não o "serviam"?> >
18 - Porque é que Lisa Albarran era visita regular da Casa Pia e é amiga íntima do célebre "Valquíria", o monitor Paulo César, proxeneta e pedófilo do Colégio Nuno Álvares?> >
19 - Porque é que Lisa Albarran declarou numa entrevista à revista Ego que "também podia dizer que o Artur engatava rapazinhos... o difícil é provar"?> >
20 - Porque é que Lisa Albarran escreveu uma carta de conforto a Bibi e o quis ir visitar? Porque é que a direcção da Cadeia não autorizou?> >
21 - Porque é que José Martins, advogado de Bibi, é o novo advogado de Lisa Albarran?> >
22 - Porque é que Catalina Pestana afirmou que havia jornalistas e outras pessoas a pagar a alunos para, mentindo, denunciar certas pessoas e nunca disse quem são esses jornalistas nem os outros que pagavam? E porque é que de repente, passou a dizer que os alunos não mentem?> >
23 - Porque é que Dias André e Rosa Mota mostraram fotos de Valente de Oliveira, Narana Coissoró e Mota Amaral a Bibi e a alunos da Casa Pia? Porque é que mudaram para as fotos de José Sócrates e João Soares? E depois só Paulo Pedroso?> >
24 - Quem não "permitiu" que Ferro Rodrigues fosse preso e constituído arguido tendo esse acto levado à prisão de Paulo Pedroso?> >
25 - Onde pára o mega-processo contra António Moura Santos (ex-cunhado de Guterres) abafado por Cunha Rodrigues que o entregou a SoutoMoura? Processos de corrupção que ainda vêm do tempo da Alta Autoridade.> >
26 - Que ascendente(s) tem João Guerra sobre Souto Moura? Que segredos lhe conhece?> >
27 - Que segredos de Souto Moura tem Cunha Rodrigues?> >
28 - Que sabe ou que ligação tem Cunha Rodrigues ao tráfico de órgãos humanos na Casa Pia? (A notícia do Semanário tem fundamento.)> >
29 - Que segredos unem Cunha Rodrigues a Laborinho Lúcio?> >
30 - Onde param as fotos "eróticas e pornográficas" de Felícia Cabrita com o Capitão Roby? E que outros telhados de vidro tem ela que a obrigam a "colaborar"?> >
31 - Que é feito do processo do envio de crianças abusadas da Casa Pia de Lisboa para Angola (1975/76) pela Dr.ª Odete Sá (PCP) que agora é braço direito de Catalina Pestana que até aqui detestava? > >
32 - Quem é o senhor Meira, Presidente do Casa Pia Atlético Clube e porque é que convidou Demétrio Alves para o discurso de abertura do ano lectivo em 2001?> >
33 - Porque é que Demétrio Alves, que arranjou emprego a Pedro Namora (PCP) na Câmara de Loures, afirmou nesse discurso que daí um ano "esta Casa Pia não existiria"?> >
34 - Porque é que Catalina Pestana se foi oferecer a Bagão Félix para ser ela a Provedora depois da saída de Luís Rebelo, cortando assim as hipóteses de Demétrio Alves que tinha tudo preparado para o "assalto" com Pedro Namora, Odete Sá e talvez Adelino Granja embora este seja visto como "inferior e tontinho" pelos outros?> >
36 - Que ilegalidades tem a Quinta do Infantado em Loures, construída em terreno agrícola no tempo de Demétrio Alves?> >
37 - Quantos quilos de cocaína negoceia por ano Bibi, o do Benfica? Que ligações tem ele na PJ que até lhe escondem o cadastro?> >
38 - Que ligações tem Demétrio Alves com Pedro Namora? Porque é que o vereador do Turismo (PCP) de Odivelas levou para lá Pedro Namora?> >
39 - A Maçonaria perdeu controle da Casa Pia para a Opus Dei?> >
40 - Porque é que o procurador João Guerra perguntou a vários interrogados: você é da Maçonaria?"> > 41 - Porque é que quis saber se João Soares Louro é da Maçonaria?> >
42 - Porque é que os casapianos ilustres estão calados? Por exemplo: João Soares Louro (Maçonaria), Maldonado Gonelha (Maçonaria), Videira Barreto (Maçonaria).> >
43 - Porque é que Videira Barreto vive aterrorizado e não fala, sabendo tudo o que se passava na CPL?> > 44 - Existe uma "Santa Aliança" dentro da Casa Pia entre os Católicos (Opus Dei ou não) PCP?> >
45 - Porque é que João Guerra está a "eliminar" juizes para que não lhes seja distribuído o processo, utilizando o truque de os ouvir como testemunhas sobre "assuntos laterais" (já lá vão três!) e assim impossibilitando-os legalmente? > >
46 - Porque nem o CDS/PP nem o PSD têm indiciados de pedofilia?> >
47 - Porque é que Durão Barroso fez questão em demonstrar tanta confiança em Souto Moura e Jorge Sampaio chama tão frequentemente o PGR? > >
48 - Qual o verdadeiro significado das palavras de António Costa para Ferro Rodrigues sobre o PGR, no telefonema entre os dois recentemente divulgado? O que prometeu Souto Moura?> >
49 - Porque é que o juiz Rui Teixeira andou à procura de alguém que denunciasse Narana Coissoró e não conseguiu?> >
50 - Porque é que uma funcionária da Casa Pia não diz o que ouviu certa noite, cerca das 9 horas, o Mestre Américo a dizer a umas crianças, numa camarata, obrigando-os a levantarem-se?> >
51 - O que sabe o Bibi de Adelino Granja e Pedro Namora e não quer confessar (um casapiano não denuncia os seus irmãos?...)> >
52 - Se Bibi transportava elementos do Casa Pia Atlético Clube (presidido pelo Sr. Meira) e da Banda de Música, sempre com requisição, de um Director ou responsável como qualquer motorista; e se ninguém podia sair sem autorização do Director, que o porteiro conferia, quem o autorizava a sair, na carrinha, com alunos para os seus "clientes"?> >
53 - Se o porteiro tinha que registar 24 horas por dia as saídas e entradas de qualquer veículo (mesmo exterior à Casa Pia) como é que o Bibi podia fugir a esse controle?> >
54 - Quem foi a senhora toda chique, com ar de "tia" que foi visitar o Bibi a Caxias e implorar-lhe para que não falasse do seu grupo?> >
55 - Quem paga os advogados de Bibi?> >
56 - Que segredos guarda a meia-irmã de Bibi, Isabel Raposo, na Holanda? De que é que tem medo e que acordo fez com Dias André e RosaMota? > > > > "ou é a verdade ou deviam estar a escrever argumentos para Hollywood".> > Enfim, fico sem saber o que dizer. Mas posso garantir duas coisas:> > 1) O dono de uma empresa que detém laboratórios de análises clínicas confirmou-me que Ferreira Diniz utilizava o seus serviços para efectuar análise de hepatites e outras doenças sexuais a miúdos (ele nunca chegoua saber quem eram).> > 2) A pessoa responsável pela logística das deslocações da equipa de futebol da Casa Pia viu, por diversas vezes, Carlos Cruz a falar com Bibi. "

domingo, 12 de setembro de 2010

Post do Blog do José Maria Martins

"Quinta-feira, 15 de Julho de 2010



Catherine Deneuve ao Poder!
Catherine Deneuve anda activa!
Já não no Parque, mas noutros palcos...
Que vergonha a "menina" conseguir botar faladura.
Depois de se saber que é corrupta... e deveria estar presa, note-se!
Pobres portugueses!


Publicada por josé maria martins em 23:05"
 
Isto depois de a principal notícia do dia 15-07-2010 ter sido:
 
"Portas pede para Sócrates sair e sugere Governo PS/PSD/CDS-PP"
 
 
Ou seja, o advogado José Maria Martins admitiu que sabe que a notícia do Le Point é correcta e que Paulo Portas seria a "Catherine Deneuve". Mais claro que isto é impossível.

Catalina Pestana - Entrevista ao SOL

"Quanto às oposições, o meu sentimento é que esta votação ultrapassa muito os partidos e que algumas alterações foram lideradas por outra forma que as pessoas têm de se organizar...mais discreta", disse também Catalina Pestana, que foi questionada se se estava a referir à Maçonaria.

"O vosso director [do "Sol"], José António Saraiva, num artigo que escreveu, foi a primeira pessoa a dizer que muitos casos que ocorreram no processo Casa Pia foram reflexo das guerras na Maçonaria. Mesmo assim, eu não digo 'a Maçonaria', mas sim alguns sectores da Maçonaria. Porque a Maçonaria não é uma associação de malfeitores mas tem um defeito tenebroso: os seus elementos protegem-se todos uns aos outros", declarou a ex-provedora.  "Se nos partidos todos acharam que este Código Penal e este Código de Processo Penal eram muito bons, então a sociedade civil tem de se organizar para defender pelo menos aqueles que não têm ninguém adulto que os defenda", frisou Catalina Pestana, para anunciar a criação, em Janeiro próximo, de uma Rede de Cuidadores para defender as crianças de eventuais abusos.  "Eu, sozinha, não sou ninguém. Mas com alguns outros, que espero que sejam muitos e das mais diferentes profissões, estamos disponíveis para criar uma associação de cuidadores, para ajudar o Estado na protecção das crianças institucionalizadas, de Norte a Sul do país. Mas não é uma ONG (organização não-governamental) dependente financeiramente do Estado. Será uma ONG independente. Irá intervir ao nível da formação de técnicos que trabalham com as vítimas, terá também apoio jurídico e uma casa para que as vítimas não tenham de voltar à casa do abusador para dormir", explicou.  A ideia da Rede de Cuidadores - referiu - "decorre do processo Casa Pia: a uma rede de abusadores só consegue opor-se uma rede de cuidadores".
"Chegou a dizer que a verdade do processo Casa Pia seria igual a um terramoto. Qual foi, afinal, a intensidade do abalo?", foi outra pergunta colocada a Catalina Pestana.
E a resposta foi: "Um terramoto de grau sete. Quando se fizer a história deste processo, todos verão que se houvesse legislação que permitisse investigar tudo o que foi dito a mim, à Polícia Judiciária e ao Ministério Público, o terramoto teria consequências devastadoras". À pergunta se "tenciona divulgar" nomes de pessoas alegadamente envolvidas em actos de pedofilia com alunos da Casa Pia, Catalina Pestana disse: "Quando isso acontecer, eu já cá não estarei. Vou deixá-los a quem há-de ficar vivo, para só daqui a 25 anos os publicar, como a lei diz".

Catalina Pestana afirmou que vai deixar essa lista de nomes "a alguém de confiança absoluta".
Quanto à reestruturação da Casa Pia de Lisboa, implementada pelo actual Governo, considerou que "foi a oportunidade perdida" para a instituição.
Catalina Pestana foi nomeada provedora nos finais de 2003 (após ter rebentado o escândalo de pedofilia com alunos da instituição que está em julgamento no Tribunal do Monsanto, em Lisboa, com sete arguidos) e abandonou o cargo a 11 de Maio deste ano, aposentando-se.
Antes disso, Catalina Pestana trabalhou na Casa Pia durante 12 anos (entre 1975 e 1987), exercendo funções de professora, directora de um dos colégios e assessora da administração."

Espantoso. Outra que sabe quem são os poderosos (que não foram julgados), mas que não diz quem é. Só quando estiver morta daqui a 25 anos. Esta Srª, tal como a Teresa Costa Macedo é uma devota católica e devota também do Bagão Félix. Quando sairam as penas dos Carloz Cruz & Companhia, ela disse que para ela e para os miúdos tudo tinha acabado. Então e os outros monstros pedófilos de que ela afirma saber quem são??

Mas está tudo a gozar connosco?

Será que são senhores também "católicos" e conservadores? Provavelmente. Porque dos esquerdistas do PS, desses malandros, saem diversos nomes todos os dias sem o mínimo problema.

Ela dá a entender também que a Casa Pia é um negocio paralelo da Maçonaria. Ora, como se sabe, a Maçonaria está associada ao PS, principalmente. O escândalo rebentou quando o Governo Santana-Portas tomou conta do Pais. Pelo que dizem, foi a tomada do Poder pela Opus Dei. Daí que também só tenham saido cá para fora nomes de eventuais pedófilos Socialistas, com excepção feita do Prof. Narana Coisoró, que surje citado variadíssimas vezes.

sábado, 11 de setembro de 2010

Teresa Costa Macedo

Representante de Portugal no Vaticano, vejam lá vocês. Diz que viu fotos pornográficas pedófilas com 2 ministros do tempo da AD...mas a Polícia que investigue. A Felicia Cabrita viu tudo também e que sabia inclusivé de outros nomes poderosos e de um cavaleiro tauromáquico envolvido. Mas a montanha pelos vistos pariu um rato. Condenados contam-se pelos dedos....onde andam esta gente? Onde?

Le Point

"Au fil de confidences savamment distillées, on apprend par exemple que tel ministre du PSD (droite), catholique austère et affiché, est un pédophile notoire qui faisait régulièrement des virées en Allemagne ou aux Pays-Bas pour apaiser ses démons. Ou que tel autre ministre, membre de la coalition au pouvoir, est surnommé « Catherine Deneuve » dans les parages du parc Edouard-VII, haut lieu de drague homo auprès de très jeunes gens à Lisbonne."


Publié le 18/01/2007 Le Point



Scandale
Les ballets bleus du Portugal
Par Nicolas Baverez

http://www.lepoint.fr/archives/article.php/38457

Palavras para quê?

Moita Flores

Nós recordamo-nos muito bem de um artigo escrito pelo Moita Flores no jornal O Crime, em que ele afirma peremtoriamente que o Ferro Rodrigues foi "entalado" pela Direita do PS para que fosse manchado no Processo Casa Pia de forma que não fosse Primeiro-Ministro. E que na cabeça desse polvo ( à Queiroz) estaria o António Costa, actual Presidente de Câmara de Lisboa. Isto foi escrito e assinado. Ninguém comentou ou desmentiu.

Como é possível não se comentar tal artigo!!!?

Paulo Portas - qual o seu papel?

Qual é o personagem que surge no Caso Moderna, Portucale, Submarinos e Casa Pia e nunca sai beliscado? Paulo Portas.

É dirigente de um Partido Conservador, de índole homofóbica e que defende a Família tradicional e a Igreja. E hipocrisia das hipocrisias é homosexual. Inclusivé, um de nós já o viu no "engate" em vários locais, sendo que o alvo são sempre rapazes na casa dos 20 anos. Namora, ou namorava com um deputado também do CDS de nome João Rebelo. Isto é um facto. Comprovado por familiares de João Rebelo. Não é diz que disse, é um facto. Aliás o Lux é um recreio que bem conhecem...ambos.



Como é que um jornal de investigação sério francês afirma, com provas, que 2 ministros da coligação PPD-CDS são habitués do Parque Eduardo VII e absolutamente nada se faz, ou se escreve em Portugal?


Tudo isto são pérolas para quem adora as Teorias da Conspiração.

José Maria Martins

É dos personagens o que mais nos fascina. Disse que está a representar o Carlos Silvino (hesitando na resposta) gratuitamente. Achamos que ninguém representa gratuitamente um acusado de pedofilia. Tentaram nos últimos dias associá-lo ao Partido Comunista (que se intromete muitas vezes neste Processo, e é algo que também ainda não conseguimos saber porquê), quando já li em vários sites que quem lhe paga os honorários está ligado à Fundação Salazar. Aliás, onde escreve agora José Maria Martins, algumas crónicas? No Diabo. Jornal neo-fascista assumido, onde o Saudosismo é semanal.

Não nos venham dizer que não é estranho?

Envelope 9 - Reporter X

Notícia da Agência Lusa


"Lisboa, 06 Nov (Lusa) - Jorge Van Krieken, um dos jornalistas que revelou o caso do "Envelope 9", acusou hoje em Tribunal os procuradores do Ministério Público que investigaram o processo Casa Pia de ocultação de provas, prevaricação e denegação de Justiça. Falando como testemunha na 243ª sessão do julgamento do processo Casa Pia, Van Krieken considerou que houve manipulação da prova, apontando, a título de exemplo, centenas de chamadas entre as alegadas vítimas e o principal arguido Carlos Silvino da Silva ("Bibi") efectuadas em 2002, que, segundo disse, não foram devidamente cruzadas e analisadas pelos investigadores.


Com base em dados do próprio processo, o jornalista e colaborador do jornal "24 Horas" entregou à juíza presidente, Ana Peres, uma "análise" feita por si às referidas chamadas, mas a decisão da junção do documento ao processo foi contestada processualmente pelo Procurador João Aibéo e pelos advogados José Maria Martins e José António Barreiros , que representam "Bibi" e os jovens da Casa Pia, respectivamente.


A juíza Ana Peres decidiu dar 10 dias para as partes se pronunciarem sobre a junção deste documento, que animou a sessão da tarde no Tribunal de Santa Clara.


Quanto às acusações de Van Krieken relativamente à ocultação de provas, José Maria Martins foi deixando, no meio das suas perguntas, a ideia de que o jornalista "não tem conhecimento directo de nada" acerca do processo, tanto mais que admitiu não conhecer, nem ter contactado qualquer uma das vítimas.


A tensão entre José Maria Martins e a testemunha chegou ao auge quando o advogado insinuou que o jornalista tinha sido pago pelo arguido Carlos Cruz, o que levou Van Krieken a protestar junto da juíza pela forma como o advogado de "Bibi" o estava a tentar "insultar" e "humilhar" em tribunal.


Van Krieken mostrou-se convicto de que a prova foi falseada e alegou ter recebido informações de educadores da Casa Pia sobre o passado de alguns jovens, um dos quais um "mentiroso compulsivo".


Disse ainda ter tido fontes na PJ que o alertaram para a forma como a investigação do processo Casa Pia estava a decorrer, com elementos da PJ e do Ministério Público a fornecerem elementos aos jornalistas no âmbito de uma campanha informativa contra os arguidos."
 
Relembro que todo o material informático do Van Krieken foi apreendido pela PJ, o seu site foi extinto (pela PJ) e nunca mais deu sinais de vida. Muito estranho para quem investigou a fundo o Processo Casa Pia e tanto por ele se interessou.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

CASA PIA - Muito Mentiroso

Muita gente não chegou a ler o que saiu num site (que foi desactivado pela PJ e supostamente foi criado num PC de um computador com IP no Correio da Manhã). José Maria Martins referindo-se a este texto, afirmou que este foi escrito por alguém com muita imaginação e que seria falso. Ora bem, vindo de quem vem, parece-me no mínimo estranho. Até porque todos os nomes que aparecem no texto são reais. Inclusivé, os nomes dos Inspectores e colaboradores na PJ. Vale a pena ler com atenção. O texto na íntegra:

"Somos um grupo de cidadãos, homens e mulheres, que integra também vários profissionais das Polícias e Serviços Secretos Portugueses. Somos democratas e defendemos um Estado de Direito em que polícias devem estar ao serviço da comunidade para proteger o estado e os cidadãos. Para isso têm que estar ao serviço de uma justiça verdadeira. Somos contra a corrupção, extorsões, calúnias e contra o uso do crachá para benefícios próprios. Até hoje já contribuímos algumas vezes para levantar a capa que ao longo dos anos tem protegido muitos agentes policiais. E continuaremos até à limpeza final. Não somos um bando
de justiceiros. Somos um grupo de justos. Infelizmente somos necessários e temos que usar a clandestinidade.
Em relação à Casa Pia, chegou a altura de dizermos "BASTA!" e denunciar a teia que construiu à volta de alguns cidadãos inocentes e que continua a ser tecida com os dados viciados de pessoas da Polícia Judiciária (constituídas em associação criminosa com ramificações a várias actividades ilícitas) e do Ministério Público. Os verdadeiros pedófilos e traficantes andam à solta na Casa Pia, no Governo, na Comunicação Social, na Magistratura e na Alta Sociedade. O processo chegou a uma situação insustentável e sinistra. Por isso decidimos actuar: por enquanto junto de altas entidades responsáveis. Seguidamente iremos para a Comunicação Social portuguesa e estrangeira. Comecemos por 1996. Uma brigada da PJ chefiada por Ana Paula descobre pedofilia no Parque Eduardo VII e nos Jerónimos com envolvimento preponderante de alunos da Casa Pia de várias idades. A actual coordenadora de investigação criminal Rosa Mota tentou parar a investigação dizendo a Ana Paula que esta era muito perigosa. Esta, no entanto, continuou e organizou um ficheiro dos miúdos. Repare-se que este ano já Pedro Strecht acompanhava os alunos da Casa Pia. Os miúdos mostraram casas no Restelo, Cascais e Coruche. Um deputado europeu
foi apanhado em flagrante. Ana Paula recebeu ordens para “esquecer o sujeito”. Não obedeceu totalmente e, como consequência, os elementos que trabalhavam com ela são perseguidos e acabam por pedir transferência. Mesmo assim, Ana Paula ainda descobriu muito de muitas figuras e filmes domésticos. Foi afastada da Brigada e posta na prateleira. (esta informação de que foi posta na prateleira nesta altura é real e por nós confirmada).
Quatro ou cinco anos mais tarde foi “apertada” pelo Dr. Rui Pereira, director do SIS, e pelo chefe Basílio, também do SIS, que teriam informações sobre o caso dos miúdos. Basílio queria elaborar um dossier que
estabelecesse a ligação entre políticos do PS, figuras ligadas a esse partido e à homossexualidade. Ele e colaboradores andavam a entrevistar miúdos e adolescentes nas zonas de prostituição masculina e nas cadeias. Chegavam a mostrar fotografias. Depois desse “aperto”, Ana Paula pediu a transferência para o terrorismo.
Depois de colocarem Ana Paula na prateleira, nomearam Dias André. Este enriqueceu rapidamente comprando mesmo uma moradia no valor de 100 mil contos. A sua ligação ao tráfico de droga “oficial” dentro da PJ e/ou chantagem com material pedófilo justificam plenamente o seu património actual (oficial e clandestino) que está muito acima do milhão de contos. Não esquecer que tem mesmo um processo de extorsão. Este património é no entanto inferior ao de Dias Costa (reformado tão depressa), ao do seu chefe Paulo Rebelo (vários milhões de contos) que é “afilhado” de Laborinho Lúcio, Luís Neves Baptista, Ilídio Neves, etc... Este é outro filme com actores que são comuns.
Quando foi nomeado, Dias André rapidamente mandou retirar o “dossier do Parque”. Entretanto desapareceu um conjunto de fotografias de miúdos nus numa residência em Cascais onde foi assassinado um indivíduo do jet-set (Burnay). Dias André terá no entanto guardado parte do ficheiro que está agora a tentar utilizar no Processo Casa Pia para forjar provas e para encontrar jovens para testemunharem com mentiras.
O que é notável é que Dias André foi suspenso por extorsão (trabalhando em conjunto com o seu irmão da PSP) e, mesmo suspenso, frequentou o curso para a Chefia. Dependendo (só em teoria porque ele próprio afirma que manda nela) da coordenadora Rosa Mota, pediram a esta para levantar a suspensão. Entre
outros, o Dr. Gonçalves Pereira e Bonina, o procurador Geral e adjunto Agostinho Homem e o juiz Trigo de Mesquita (sorteados para analisar os recursos de Carlos Cruz e Paulo Pedroso, como nos sorteios dos árbitros de futebol).
Foi o Dr. Fernando Negrão apoiado pela Dra. Leontina, que ainda é sub-directora, quem manteve a suspensão. Pagaria caro, mais tarde, pela mão do Dr. Cunha Rodrigues.
Dias André foi introduzido no meio jornalístico pelo Moita Flores e pelo inspector chefe Teixeira. Aí conhece a sobrinha de Cunha Rodrigues no Diário de Notícias (que vem a ser testemunha chave contra o Dr. Fernando Negrão), Jorge Soares do Correio da Manhã (hoje, neste jornal, o seu braço armado é Octávio Lopes com a cumplicidade de Octávio Ribeiro), Felícia Cabrita do Expresso e da SIC, Paula Carvalho do Público. Entretanto, um tal Câmara do Diário de Notícias foi identificado pelos miúdos. O caso foi abafado. A Paula casou com um elemento da Brigada e são visita da casa de Pedro Strecht.
A Felícia Cabrita dormindo com o inspector chefe Teixeira e com Orlando Romano foi autorizada a acompanhar a Brigada de Homicídios. Começa Felícia Cabrita (muito através da sedução como ela confessa publicamente) a ter responsabilidades e protagonismo na “criação” de factos e de histórias que
vêm a culminar no Processo Casa Pia, como braço direito de Dias André com quem anda frequentemente no carro da PJ e não só.
Depois de Cunha Rodrigues ter “abatido” Fernando negrão e esconder muitos processos de Alta Autoridade Contra a Corrupção (quando esta foi extinta) foi utilizando como chantagem sobre muitas pessoas da vida política, económica e financeira. Rosa Mota e Dias André são catapultados para o topo.
O Dr. Bonina faz uma reestruturação e, para surpresa de todos na PJ, Rosa Mota é colocada nos crimes sexuais sem qualquer experiência (o seu currículo vinha mais da colaboração com a Interpol). Fica nas mãos de Dias André que ela estranhamente leva consigo. Rapidamente é a marioneta daquele. Leva-o para todas as reuniões e é ele quem fala. Perdeu todo o respeito da PJ e é hoje motivo de galhofa, dela se contam várias histórias e anedotas nomeadamente sobre a sua vida sexual lésbica.
Dias André é um homem perigoso. Lança mão de todos os meios, principalmente os ilícitos, para atingir os seus fins. Desobedece livre e impunemente aos Chefes e Directores. Chegou a gabar-se de estar a fazer a cama à Sub-Directora Dra. Leontina, que foi muitos anos coordenadora dos crimes sexuais, inclusivamente quando aí trabalhava o agente Caetano (do processo de 1982 da casa de Jorge Ritto).
Caetano cumpriu entretanto oito anos de uma pena de doze por extorsão. Suspeita-se que recentemente tenha recebido bastante dinheiro de Dias André para dizer que os miúdos que referiram Carlos Cruz em 1981 eram credíveis.
Mas a história é outra: ele disse aos colegas mais antigos que em 1982 “os putos tinham tentado incriminar figuras públicas como o Carlos Cruz, mas era tudo mentira”. Ele até tinha conseguido identificar, segundo contou o indivíduo que se fazia passar por Carlos Cruz, porque achava graça que os miúdos o confundissem.
Dias André gosta de beber. E com os copos fala bastante. Foi com os copos que disse a quem o quis ouvir que “graças ao Moita Flores tinha encontrado no Alentejo um processo antigo que provava que o grande amigo e assistente de Carlos Cruz comia putos”. E com os copos disse a um colega que andava atrás do Carlos Cruz.
Em Janeiro de 2003 Dias André disse à Dra. Isabel Polónio que ia fazer prisões. Para isso ia “tirar o ar” às suas vítimas para elas reagirem. Os que se mexessem eram presos.
Nessa altura já Felícia Cabrita tinha o seu papel definido: criar algumas situações e controlar a publicação de notícias para intoxicar, baralhar para confundir. Também nessa altura Felícia teve encontro com o Engenheiro Paes do Amaral (ligações à Moderna, lavagem de dinheiro, ligações à Colômbia e homossexualidade). Tinha assim na mão a TVI e o Portugal Diário na Internet, que começou a contradizer o que tinha ouvido antes sobre a inocência de Carlos Cruz nos depoimentos que tinha obtido.
Pensa-se mesmo (não confirmado) que existem fotos de Paes do Amaral com miúdos. Por isso é chantageado. Paga e põe a TVI na jogada. Entrou em pânico quando soube que Sá Fernandes (avençado da TVI) ia ser advogado do apresentador. Ele, Dias André, João Guerra, Catalina Pestana e Octávio Lopes
(do Correio da Manhã) tentam retirar Sá Fernandes da defesa de Carlos Cruz.
As estratégias das três prisões de 31 de Janeiro:
Com Hugo Marçal foi usada a técnica de o assustar: várias ameaças pelo telefone. Mas ao contrário do que se esperava Marçal não fugiu. De Ferreira Dinis encarregou-se Felícia Cabrita, que levava dois plano:
pagou a um miúdo para bater á porta do médico. O miúdo receberia mais se chegasse a ter alguma intimidade com Dinis. Não resultou. E parece que há testemunhas que foram à PJ declarar que viram Felícia Cabrita pagar. Resta saber onde estão os depoimentos.
Felícia avançou para o plano B simulou que a estavam a tentar atropelar (como foi visto na SIC). O miúdo, assustado, confessa conhecer Felícia através de Dias André.
Quanto a Carlos Cruz, a Dra. Isabel Polónio deu conhecimento ao Director Dr. Artur Pereira, o que Dias André não esperava. Aquele convoca uma reunião para o dia 30 de Janeiro. O duo Rosa Mota/Dias André não levou o processo. Limitou-se a dizer que três testemunhas reconheciam Carlos Cruz e que o Ministério Público já tinha decidido passar os mandatos de detenção.
O Dr. Artur Pereira não engoliu, disse que as provas eram insuficientes e que a investigação devia prosseguir.
Também se falou de Políticos e Ministros e o Director Nacional foi informado. Dias André com a sua arrogância irritou o Dr. Artur Pereira, que deu uma ordem: nada de detenções, nada de vigilâncias ou seguimentos até prova credível.
Nessa noite, reuniram-se de emergência Rosa Mota, Dias André, Moita Flores e Felícia Cabrita. E ainda nessa noite Dias André reuniu-se com o Dr. Agostinho Homem, Procurador Geral Adjunto.
No dia 31, “o duo” vai falar com o Dr. João Guerra no DIAP. Fazem queixa da Direcção da PJ que dizem querer proteger Carlos Cruz. Nesse dia essa versão foi “vendida” ao Procurador Geral. Este resolve falar com o Director Nacional da PJ apenas na segunda-feira, já depois de feitas as detenções. O DIAP, depois de grandes discussões, avocou o processo e o Dr. Adelino Salvado (contra as instruções da ministra), com medo não se sabe de quem ou de quê, destaca funcionários. O Dr. João Guerra passa a ter instalações e
carros da PJ. Quando lhe são recusados mais meios ameaça a PJ acusando-a de colocar entraves à investigação. Não esquecer que é paranóico e esquizofrénico. Violento como prova a sua mulher que chegou a agredir enquanto grávida. O seu processo de divórcio é monumento ao sadismo. Tem um
estranho ascendente sobre Souto Moura. Não se sabe ainda porquê, mas o grupo PGR teme-o.
Na PJ neste momento sabe-se que a bronca vai estourar. E já há ratos a querer abandonar o barco.
Carlos Cruz foi preso no Algarve numa comédia inventada por Dias André, com aprovação de Rosa Mota: à porta de Carlos Cruz estava a vigiar o Inspector José Carlos Rualde. Quando viu o jipe sair com alguma bagagem deu o alerta que Carlos Cruz ia fugir. Como não conduz, só meia hora depois saiu uma moto de Lisboa com o Inspector Macatrão. Para recuperar o atraso, teve de ir a mais de 200 km/h. Rosa Mota avisou a GNR. Como mais tarde o Inspector quis desmentir que Carlos Cruz fosse a 200/250 km/h foi transferido da Brigada de Vigilâncias. A mota tem Via Verde e os telemóveis utilizados essa noite estão em nome da Polícia. Não sabemos se, como é normal, os extractos estão guardados ou se “desapareceram”.
A partir desse dia, Felícia Cabrita como estava planeado, selecciona as notícias e fontes mesmo as que não eram para ela publicar mas sim outros jornais: DN e Público (ver ligações atrás com jornalistas destes jornais). Assim, os “grandes movimentos de dinheiro para o Brasil”, referenciados a Felícia Cabrita por Carlos Moa, afinal eram impostos. “Cartões de crédito numa lista do FBI para pagar sites pedófilos pornográficos”. Existia um cartão em que dois nomes coincidem mas Dias André sabia que não era Carlos
Cruz e até já tinha consultado a UNICRE antes da detenção.
Quando Carlos Cruz foi interrogado pelo juiz Rui Teixeira, o Processo ainda não tinha as folhas todas. Tinham sido deixadas algumas que eram suposto corresponderem a depoimentos que o incriminassem e que ainda não tinham sido recolhidos. Nos 15 dias a seguir à detenção, desfilaram pela PJ dezenas de potenciais testemunhas a quem foi mostrada a fotografia de Carlos Cruz e perguntando se ele já os tinha “comido”. Essa quantidade comprova-se com as convocações ou os verbetes de entrada que são entregues à saída na segurança para arquivar. Se ninguém dez desaparecer o arquivo. E há os que entraram e saíram do carro de Dias André.
Depois, “aperfeiçoaram” os depoimentos dos que aceitaram dizer que sim. Esses vivem ou dormem em casa que a PJ tem permanentemente alugadas e no Centro de Estudos Judiciários. São treinados por Pedro Strecht. Outra figura central que está ameaçada. Nos depoimentos não há datas precisas para não correr o risco de nesses dias Carlos Cruz poder demonstrar que estava noutros sítios. Como não alinhou o Fábio (o “Joel” que denunciou o Bibi) foi marginalizado inclusive por Catalina Pestana e pelo próprio Bagão Felix.
Mas um nome que não aparece e que foi reconhecido foi o do juiz Caramelo, da Boa Hora. Gabaram-se mesmo que ele chegava a intervir em julgamentos e que os absolvia com medo que abrissem a boca. Curiosamente um dos grandes amigos do juiz Caramelo era o juiz Trigo de Mesquita.
Todos os prostitutos que passaram pela Casa Pia referiram-se a ela como um grande bordel.
Sabemos ainda que interrogatórios aos alunos da Casa Pia foram extremamente violentos ao contrário do que Pedro Namora anunciava. Alguns alunos recusaram-se a voltar à PJ devido a essa violência. Dias André usava a técnica de “o melhor é confessares porque o teu colega já confessou tudo”.
Assim como usavam a técnica do “bom polícia/mau polícia” a interrogar e ameaçar Carlos Silvino para ele afirmar que conhecia Carlos Cruz.
No início do plano puseram a hipótese de ser a casa de Carlos Cruz apontada como local dos abusos e orgias. Chegaram a procurar fotos do seu interior em revistas da especialidade. Desistiram porque era demasiado, vivendo ele com a mulher e um bebé. Na detenção cheia de falhas estas foram planeadas: ninguém verificou se ele levava remédios em quantidade suficiente, se levava passaporte ou dinheiro suficientes para evitar levantamentos que o denunciassem, se tinha agenda, se levava muita roupa, se lhe ficaram com o computador portátil e o que é que tinha o disco, se foram logo a casa dele.
Dias André considerou uma ideia brilhante não fazer nada disso. Assim podia sempre assumir como falha e que, graças a ela, a família tinha tido tempo, destruído provas e limpo o computador. E afirma: “só se fossemos loucos é que íamos fazer buscas e apreensões que iam estragar tudo.” Ainda por cima é ignorante porque não sabe que se pode ler ficheiros apagados.
Dias André tentou manipular fotos para conseguir algumas em que Carlos Cruz aparecesse com crianças. Inclusivamente elementos dos ficheiros do “Processo do Parque” que ele possui. Algumas fotos dessas estão a ser utilizadas. O Director Nacional foi informado da “destruição” dos ficheiros. A única testemunha é Dias André e eventualmente Rosa Mota. Belo material de chantagem e de extorsão em que Dias André é especialista. Além de droga, claro. Mas já lá iremos.
Por causa desta confusão toda uma rapariga pediu para sair da equipa. Anda tão assustada que nem fala com os colegas. Suspeita-se de ameaças do duo Dias André/Rosa Mota.
Nota: Moita Flores tem uma estranha ligação a Dias André. Por um lado toma medidas publicadas de defesa de Carlos Cruz. Por outro tem uma empresa para “limpar” crimes juntamente com o seu sócia e líder espiritual Marques Vidal. Um outro líder dele é um tal Santinho Cunha. Por exemplo na Alexandre Herculano há vários processos de corrupção que estão “congelados”. Os patrimónios de Moita Flores e Marques Vidal são incalculáveis. O primeiro acompanhou desde sempre este plano de Dias André, Rosa Mota e Felícia Cabrita. Parece-nos que tem alguma simpatia por Carlos Cruz mas deixou-o cair. O seu interesse neste caso era oferecer os serviços de “protecção” da sua empresa a políticos do PS. Tentou para isso falar várias vezes com Ferro Rodrigues. Como não conseguiu Paulo Pedroso está preso. Entretanto, foram mostradas aos miúdos fotos de João Soares e José Sócrates pelo menos. Suspeitamos que estes tenham pago para não irem fazer companhia a Pedroso, ao contrário de Ferro Rodrigues que, aliás, no plano inicial, é que seria detido em vez de Pedroso.
A ligação Dias André/Moita Flores vem de longe bem assim como a prestação de serviços desse a “limpar” crimes a bom preço. Veja-se o caso de Eurico de Melo a quem roubaram a pasta com cartas comprometedoras das suas actividades pedófilas e homossexuais.
Dias André e Moita Flores estavam entre os tipos que encontraram a mala. Quando o actual caso Casa Pia rebentou, Moita Flores apressou-se a escrever no Diário de Notícias que a mala era do Engenheiro Sousa Gomes e só continha em discurso. Porquê escrever o artigo que nem sequer estava inserido na crónica que tinha no DN? Para proteger o seu “cliente” Eurico de Melo!


Vamos então à outra história.
Já vimos que Carlos Cruz era alvo de Dias André. Este disse que o “ia apanhar” por tê-lo visto a chorar na televisão. Por outro lado as ligações embora pontuais a José Socrates (Euro 2004) e a João Soares (eleições para a Câmara de Lisboa) encaixam no campo político a desacreditar. Ele é afinal o homem errado, no tempo errado, no lugar errado. Está inocente.
Dias André, Rosa Mota e Catalina Pestana contam nisto tudo com a colaboração do Dr. Pedro Strecht. Não sabemos se ele também está a ser chantageado por Dias André, já que é homossexual com alguns comportamentos pedófilos. Mais do que um dos alunos que lhe passaram pelo consultório nestes últimos seis anos ou mais chamam-lhe paneleiro. Parece que casou há pouco tempo, à pressa, para disfarçar.
Paulo Pedroso é também um caso político planeado por uma certa direita e também para proteger Paulo Portas. Tudo leva a crer que é financiado por alguns pedófilos de peso (Engº Paes do Amaral, por exemplo, cujas ligações a Paulo Portas é antiga. Outro protector será o juiz Carlos Lobo que partilhou regularmente a cama com Portas). A falsa zanga de José Braga Gonçalves foi para desviar a atenção para “Paulo Portas Moderna”, para o branquear e foi combinada entre Braga Gonçalves e o assessor de Portas, Pedro Guerra, homem que conheceu no Independente e também com fortes ligações dentro do Correio da Manhã.


A notícia do Le Point é verdadeira: Catherine Deneuve é Paulo Portas e o outro ministro é Luis Filipe Pereira que se preparar para sair do Governo como fez Valente de Oliveira.
Bibi confessou a pessoa de sua confiança que Portas, Valente de Oliveira e Luis Filipe Pereira eram clientes de Pedro Namora até rebentar a bronca, principalmente às sextas-feiras. Namora arranjava-lhes jovens casapianos. A alcunha de Catherine Deneuve deve-se à cabeleira loira que Portas costumava ter no carro.
Dias André sabe que a zona de Bibi como angariador e distribuidor era mais o Parque Eduardo VII juntamente com as “testemunhas” João Paulo Lavaredas, Francisco Guerra, Mário Pompeu, Francisco Andrade e Márcio Necho. Todos prostitutos, proxenetas, traficantes de menores e alguns traficantes de
droga e toxicodependentes.
Consultando a ficha de Lavaredas na Casa Pia e na PJ onde tem cadastro (o inspector Fernando Baptista recebeu em Março/Abril de 2000 uma proposta de expulsão da Casa Pia) percebe-se que se trata de um jovem violento e perigoso. Mário Pompeu disse à mãe ter sido pago por Lavaredas para acusar Carlos Cruz e disse publicamente que também iria receber para acusar Paulo Portas. Márcio Necho conhece de facto Jorge Ritto mas nunca viu Carlos Cruz nestas actividades. Mantém contactos estreitos com Dias André, enquanto Francisco Guerra visita com alguma frequência Bibi para chantagear. Entre chantagens, interrogatórios com ameaças de pena máxima e drogas, Dias André e Rosa Mota mostravam a Bibi fotos de Valente de Oliveira, Narana Coissoró e Mota Amaral, tudo com a cumplicidade do advogado José Martins, preparam-se para obter um parecer psiquiátrico que o dê como incapaz. Elementos da PJ testemunharão a seu favor. É que Bibi não é um fim. É apenas um meio que está a falhar porque não diz os nomes que eles querem.
O Dr. José Martins para ganhar fama e porque está muito bem pago pelas pessoas que financiam estas operações todas (há muito dinheiro da droga). É cúmplice: insiste que Bibi deve voltar a ser internado em Caxias, para o drogarem. Drogado, dirá ou assinará o que Rosa Mota e Dias André quiserem.
Depois é dado como incapaz, internado e sofre pena mínima. O médico do EPPJ tem-se oposto a esse internamento. Não se sabe até quando aguentará!
Voltando a Paulo Portas. Mais uma vez funciona a “protecção” de Marques Vidal e Moita Flores (este já esteve ligado à Moderna e é maçom), o facto é que não aparece nenhum depoimento a acusar Paulo Portas. Nem o prometido por Mário Pompeu. A troco de que pagamento? Os dois, Vidal e Flores, têm a seu
cargo (e bem pagos) a preparação de vários aspectos de segurança para o 2004! E aqui entra outro personagem que com eles colabora: Paulo Bernardino que foi da DINFO (actual SIEDM). Controla mais informação do que o próprio Caimoto Duarte. Dias André foi motorista de Paulo Bernardino e os dois contactam frequentemente para estabelecer estratégias.


Pedro Namora era, até pelo menos há poucos meses, angariador de jovens casapianos para figuras importantes. O que é lógico: só um maluco é que se ia por nas mãos de um básico como é Carlos Silvino. Era um risco altíssimo.
Com Namora há segurança.
Entretanto ninguém se admire se um Marques Vidal for o próximo Director do SIS. O “polvo” fica a controlar tudo. Cunha Rodrigues não faria melhor.
Conclusão: o processo está forjado. E mesmo pessoas bem informadas até o dizem calmamente à mesa de restaurantes. Há pessoas inocentes presas. Não sabemos se o Dr. João Guerra é cúmplice ou manipulado. Com as suas obsessões é facilmente manobrável. O juiz Rui Teixeira é o enganado. Será o último a saber. As testemunhas são falsas, mentirosas, treinadas e pagas com o dinheiro da droga, as duas moedas que também pagam Felícia Cabrita. Ela é, como é público, alcoólica e cocainómana em adiantado estado de dependência. Daí as suas intimidades com Pinto Balsemão de quem também é fornecedora.


Um dos coordenadores é Dias André com currículo impressionante:


1. Falsificação de provas


2. Destruição de provas


3. Extorsão


4. Corrupção


5. Desobediência às chefias


6. Ligações ao tráfico de droga.


A droga é outra história muito completa. É outro “polvo” e não acabou com a suspensão de dezena e meia de agentes da PJ. Estamos atentos e poderá ser o tema do nosso próximo documento. Mas a bronca vai estoirar em breve apesar do esforço para manter a Casa Pia na ribalta. Nem deve ser necessária a nossa intervenção.


Para abrir o apetite e alertar as entidades máximas deixamos algumas pistas:


- Vários barcos vão a Marrocos comprar droga. Tudo pago pela PJ.


- Há civis envolvidos como agentes infiltrados mas provocadores, na distribuição.


- Fazem-se apreensões espectaculares junto dos compradores que são angariados pelo “infiltrado”. (Setúbal e Aveiro são exemplos famosos). A imagem da PJ é de “grande eficácia”.


- Desviam-se alguns quilos antes de chegar ao armazém. É uma espécie de comissão para a equipa que “investiga com sucesso”. É a herança operacional de Dias Costa e os seus herdeiros são Paulo Rebelo, “afilhado” de Laborinho Lúcio e chefe de Dias André, Ilidio Neves Luís, Luís Neves Baptista, etc...


Quem é um tal de Victor Ferreira, civil infiltrado, íntimo de Paulo Rebelo de quem chega a conduzir o Alfa Romeu? A quem pertence o armazém da PJ, na Lourinhã?


GOVD


Grupo Operacional de Vigilância Democrática"